sexta-feira, 11 de setembro de 2009

I wander with Whit man


Há um verso de Whitman que diz, celebrando o si mesmo: "The sound of the belched words of my voice... words loosed to the eddies of the wind". Nesse som ameno-amaro, deixado perdido, toda compreensão do poema pode ser deixada por terra, em uma falange de possibilidades e respiros. Como uma sinuosidade, o poema se desloca entre as batentes e oferece um primeiro sopro das origens. Nada é posto aqui em termos, há apenas pronúncia, de fios. Entretecidos entre o devir e o deixar-se na insignificância dos "milagres". Assim, cada parte da palavra é um aroma conduzindo o equilíbrio e uma sentença. O que se deixa sabido? Desperto, entre riachos, o poeta oferece-se como bote e sombra, como um terço da prova, da espera. Talvez poderia pensar na Stimmung da lírica (ou aquela de Stockhausen!): harmonia e hora homônima. O som arrotado do mim, oblíquo.

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